terça-feira, 6 de agosto de 2013

O POETA NO CEMITÉRIO

O POETA NO CEMITÉRIO

Samuel Castiel Jr.













Levei um amigo a sua última morada.
Que perverso esse triste final
De um valente guerreiro que se acaba em nada,
Como se a morte fosse o sinal
De um inexorável adeus a nos lembrar
Que  riqueza,  empáfia  ou  soberba
De nada valem nessa jornada!...
Enquanto seu corpo inerte descia
Na cova de coroas coberto,
Enquanto rezava e palmas  batia,
Vi  bem perto flores que se abriam
Lindas no orvalho, de um lilás cintilante!...
Não resisti e num impulso eu colhi
Uma foto de rara beleza no meu celular...
Rústicas,  silenciosas, imponentes
Mesmo sozinhas,  no  cemitério  isoladas,
Como  a completar  adornos  comoventes
Na mais longa e solitária de  todas  caminhadas!...
E com elas mais uma lição  aprendi:
Feliz o poeta que vê e sente
A beleza que vem sutil  da flor,
Uma singela mensagem que diz
Apesar de mortal  pra  ser feliz,
Basta viver a vida e cultivar o amor!...

                                                                                                PVH-RO, 05/08/13 

Nenhum comentário:

Postar um comentário