ODE AO
TEMPO
Samuel
Castiel Jr.
que tudo
comes
com tua
boca de túnel
escancarada
para o mundo!
Com teus
dentes brancos
gelados de
marfim,
que até a
morte consomes...
Inexorável
tempo!
Que corróis
o ferro
e amarelas
o branco
do papel
brilhante da foto
guardada e
envolta em saudades tantas...
Tempo,
imutável tempo!
Por que não
paras como o pêndulo
do relógio
que quebra?
Por que não
ficas ali
estático,
mudo,
hipnótico,
enquanto eu
alço meu vôo
bem alto
por sobre
as nuvens
e te trago
nova ampulheta,
num meteoro
fugaz
ou na cauda
de um cometa?
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