ANOS
DOURADOS
Sem anuncio, protocolo ou vênia
Uma saudade imensa chegou
De minha tenra e distante mocidade!...
Daqueles tempos felizes
Onde a vida era um colorido sonho!...
O banho no igarapé do padre Pio,
Espiribol, tênis de mesa ou futebol
Lá no Colégio Dom Bosco!
“Seu” Farias treinando que dava gosto
Pra competir na rustica militar!
O padre Moretti rezando
Seu breviário e andando
Com o “Pescoço de bilha”
Ou mesmo o chamado “Beiçola”
Que eram clérigos da igreja santa!
O “Seu” Joaquim pra missa chamando
Batia o sino com força!
Padre Silvio pedindo as cadernetas
Pra conferir a frequencia dominical
Da missa na Catedral!
O padre Miguel subindo na cruz
Da igreja pra dar manuteção
Era também Capelão Militar
Do bravo Exercito Brasileiro!
Diziam que ele até comia
Carne de gato porque subia
Sem medo naquela torre tão alta!...
Vendendo papeis, livros e até peteca
Lá estava o “Seu” Pedro Neca!
Ah! Que saudade me dá
Da Semana Santa que ao chegar
Trazia as alunas do Auxiliadora
Pra junto com a gente treinar
Cânticos sacros e muita oração...
As quermesses nas noites quentes
Completavam o cenário alegre
Pros namoros sempre escondidos!...
E as paqueras que eram anunciadas
No alto-falante improvisado
Daquele tosco arraial,
Fazendo acelerar com fortes batidas
Nosso coraçao de rapaz!...
Não eram as comidas típicas
Muito menos a roda gigante
Que nos traziam tanta alegria e paz!
Era sim a nossa juventude explodindo
Inocente mas com punjante emoção!...
Era a nossa mocidade pro mundo se abrindo
Repleta de amor e paixão
Num rastro de felicidade fugaz!...
Eram as marcas dos nossos anos dourados
Que hoje sei não voltarão jamais!...
PVH-RO, 28/02/13
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