CINELÂNDIA
Samuel Castiel Jr.
Pessoas que
passam apressadas
De cabeças
cheias, vazias ou nuas
E em rumos
diversos vão...
Enquanto eu
sentado no Amarelinho fico
No ócio
vadio e me deleitando
Com saborosa
poção de peixe frito!...
A tarde
morrendo vai
Em seus
eflúvios crepusculares!...
Velhos
prédios do Rio antigo,
Dos
lampiões e malandros venais,
Da saudosa
boemia que ficou
A muito
tempo pra traz!...
És hoje
Cinelândia um bairro a mais
Do cenário
antigo do Rio!
Porém era
aqui neste mesmo bar
Que o João
Nogueira vinha acabar
Sua noitada
de samba de forma irreverente!
Aqui hoje,
logo ali passa o metrô,
Deixando o
rastro cinza do progresso
E uma fina
réstia de melancolia,
Dos velhos
tempos da boemia,
Que sei não
voltarão jamais!...
Chamo o
garçon e peço
Outro chopp
que pra afastar de vez
Pra bem
longe e definitivamente
O
saudosismo perverso!...
Rio-RJ, 29/01/13
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