A EMBOSCADA
Na vereda estreita ele vai
Solitário em sua montaria trotando,
Pensamentos de longe vão chegando
Do filho e da mulher que o trai...
Nunca mais sorriu quando soube
Que a vil traição o cercava!
Nunca mais em sua mente coube
Afastar o impulso que o cegava!
Ir em busca de outro lugar
Onde pudesse viver,
ser feliz e amar...
Mas cansado ele chegou
Naquela curva do rio, como combinara
Onde seu melhor amigo o esperava
Para despedida e um abraço forte!...
Sem saber que escondida a morte
O espreitava naquela emboscada
Traçando e mudando sua sorte!...
Foi tarde quando notou
Que uma súbita escuridão o abraçou,
O sangue sua boca amargou
Pois um tiro certeiro o atingiu
E a
bala seu peito rasgou!...
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