D I V A G A Ç Ã O
A tarde,
morrendo
silenciosa e triste
nos eflúvios crepusculares,
esboçou diante dos
meus olhos
matizes de
melancolia!...
Havia em tudo um aspecto vulgar,
inabalável
e extraordinariamente vago,
espraiado sobre as nuvens,
sobre o mundo
e sobre mim.
Uma ansiedade incomum
explodindo do amor,
da solidão,
do silêncio,
de todas as negações
inexplicáveis,
do nada.
E estigmatizadas em meu ser
as últimas horas do dia
num gesto vão, perdido
e inacabado...
O horizonte empastou-se
de sangue
num aceno inatingível de
indiferença,
de magestade e inexistência...
Um pensamento distante,
tombando na vida,
nos encontros e desencontros,
nos homens e em Deus,
no amor e na eternidade!
Um último raio de sol
refletiu-se no céu
e dissolveu-se na
escuridão,
melancolicamente...
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