O POETA NO CEMITÉRIO
Levei um amigo
a sua última morada.
Que perverso
esse triste final
De um valente
guerreiro que se acaba em nada,
Como se a
morte fosse o sinal
De um
inexorável adeus a nos lembrar
Que riqueza, empáfia ou soberba
De nada valem
nessa jornada!...
Enquanto seu
corpo inerte descia
Na cova de
coroas coberto,
Enquanto
rezava e palmas batia,
Vi bem perto flores que se abriam
Lindas no
orvalho, de um lilás cintilante!...
Não resisti e
num impulso eu colhi
Uma foto de
rara beleza no meu celular...
Rústicas, silenciosas, imponentes
Mesmo sozinhas,
no cemitério
isoladas,
Como a completar
adornos comoventes
Na mais longa
e solitária de todas caminhadas!...
E com elas mais
uma lição aprendi:
Feliz o poeta
que vê e sente
A beleza que
vem sutil da flor,
Uma singela
mensagem que diz
Apesar de
mortal pra ser feliz,
Basta viver a
vida e cultivar o amor!...
PVH-RO, 05/08/13
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